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Bateria solar chegou de vez: como vender armazenamento sem erro

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77Sol
22 dez 2025
5 minutos

Durante muito tempo, falar de bateria solar parecia coisa de futuro. Hoje, é realidade — e quem ainda trata armazenamento como “extra opcional” está ficando para trás.

No novo episódio do 77Cast, conversamos com Gianluca Arcangeli, da You.on Energy , uma das empresas que entrou cedo no mercado de armazenamento quando quase ninguém acreditava que bateria faria sentido no Brasil.

O recado central foi claro: bateria não é mais tendência — é competência obrigatória do integrador solar moderno.

Quando vender bateria parecia loucura (e por que não é mais)

A You on começou a trabalhar com solar + bateria em 2016, em projetos de hibridização no agro e na indústria.Na época, a reação do mercado foi simples: “isso nunca vai funcionar”. E funcionou.

O que mudou de lá pra cá?

  • queda de mais de 80% no custo das baterias
  • aumento da instabilidade do sistema elétrico
  • curtailment, apagões e eventos climáticos extremos
  • avanço (ainda que lento) da regulação
  • clientes mais conscientes e exigentes

Hoje, armazenamento resolve dores reais, não apenas contas futuras.

A bateria segue o mesmo caminho que o solar seguiu

O que está acontecendo agora com baterias é idêntico ao que aconteceu com o solar anos atrás:

Antes:

  • técnicos de ar-condicionado começaram a instalar solar
  • foco total em economia
  • pouca padronização
  • muito aprendizado na prática

Agora:

  • integradores solares começam a vender bateria
  • tentam “simplificar demais” a solução
  • descobrem que dimensionar bateria é outra história

Bateria não é só plugar e ligar. Ela exige entendimento profundo de carga, perfil de consumo, infraestrutura elétrica e expectativa do cliente.

Confira o episódio completo:

Por que o integrador 2.0 precisa dominar armazenamento

Hoje, quando um cliente compra bateria, ele não compra só economia. Ele compra:

  • conforto
  • continuidade
  • segurança
  • proteção de equipamentos
  • estabilidade

No residencial, muitas vezes, bateria não é necessidade absoluta — é decisão de qualidade de vida.

No comércio e no agro, já é fator crítico de operação como locais: 

  • farmácias 24h que não podem parar
  • câmaras frias
  • hospitais
  • restaurantes
  • indústrias com máquinas sensíveis à variação de tensão

Se faltar energia, o prejuízo é imediato.

Curtailment, intermitência e o papel da bateria

O problema é simples de entender:

  • o sistema solar gera mais ao meio-dia
  • o consumo residencial acontece à noite
  • o grid não consegue absorver tudo
  • a energia é cortada

A bateria entra exatamente aí, armazenar quando sobra e entregar quando falta.

Isso vale tanto para o cliente quanto, no futuro, para o próprio sistema elétrico — como já acontece em mercados maduros.

Bateria não é produto de prateleira — e isso muda completamente a venda

Um dos aprendizados mais importantes do episódio é entender que armazenamento não é uma solução padronizada. Tratar bateria como um “combo a mais” do solar é o caminho mais rápido para errar na proposta — e na instalação.

Na prática, não faz sentido dimensionar um sistema para sustentar a casa inteira quando o problema real do cliente é manter Wi-Fi, geladeira e alguns pontos de iluminação funcionando durante as quedas de energia.

É aqui que entra um conceito técnico que vira diferencial comercial: segregação de cargas.

Segregar cargas significa assumir que:

  • nem tudo precisa estar protegido pela bateria
  • existem cargas críticas e cargas dispensáveis
  • cada escolha de carga impacta diretamente custo, viabilidade e retorno

Cargas de alto consumo e baixa criticidade — como sauna, máquina de lavar ou ar-condicionado pesado — podem (e devem) ficar fora do sistema em muitos casos. Já cargas essenciais permanecem energizadas, garantindo conforto, segurança e continuidade.

O efeito disso na venda é direto:

  • redução significativa de CAPEX, tornando a proposta acessível
  • soluções mais inteligentes e personalizadas, em vez de “all-in”
  • maior taxa de fechamento, porque o cliente entende o valor

Vender bateria bem não é vender mais bateria. É vender a bateria certa, para a dor certa, no tamanho certo.

Em armazenamento, serviço pesa tanto quanto tecnologia

Outro alerta importante do episódio foi sobre qualidade de instalação — um ponto ainda subestimado por parte do mercado.

Uma bateria mal instalada não gera apenas frustração operacional. Ela representa risco real.

Erros técnicos podem:

  • comprometer o funcionamento do sistema
  • causar danos à infraestrutura elétrica do cliente
  • gerar riscos graves, como superaquecimento e incêndio
  • afetar a credibilidade de todo o setor

Por isso, armazenamento eleva o nível de responsabilidade do integrador.

Fabricantes maduros já entenderam isso e atuam de forma diferente:

  • investem pesado em capacitação técnica
  • acompanham de perto as primeiras instalações
  • exigem padrões claros de execução
  • oferecem garantias reais (como os 5 anos citados no episódio)

Aqui, a lógica muda: quem vende bateria não vende apenas equipamento — vende continuidade, segurança e confiança.

O que vem pela frente: prosumidor, automação e novas receitas

O episódio também deixou claro que o futuro do armazenamento vai muito além do backup.

Estamos caminhando para um cenário em que o consumidor:

  • produz energia
  • consome energia
  • decide quando usar e quando armazenar
  • e, no futuro, quando vender essa energia

Nesse contexto, a bateria deixa de ser passiva e passa a ser ativa na estratégia energética do cliente.

Algumas tendências já visíveis:

  • automação inteligente de cargas
  • otimização por horário e preço da energia
  • modelos de negócio baseados em uso (Energy as a Service)
  • novas fontes de receita para quem controla armazenamento

Em mercados como os Estados Unidos, esse futuro já começou:

  • cerca de 40% dos sistemas solares já são vendidos com bateria
  • concessionárias remuneram consumidores que ajudam a estabilizar a rede

No Brasil, esse cenário ainda depende de regulação, mas não é uma questão de “se”, e sim de “quando”.

E quem se preparar agora sai estruturalmente na frente.

Como começar a vender bateria do jeito certo (sem tropeçar)

Vender bateria não começa na proposta comercial. Começa no entendimento.

Entendimento do produto, do sistema elétrico, da infraestrutura do cliente — e, principalmente, da dor real que precisa ser resolvida. Quando o integrador tenta “empurrar” armazenamento como um item de prateleira, o resultado costuma ser o mesmo: proposta cara, solução superdimensionada e cliente inseguro.

Bateria não se vende por catálogo. Ela se vende por cenário.

Por isso, o primeiro passo é se aproximar de quem já opera com armazenamento no dia a dia. Fabricantes e parceiros experientes encurtam meses — às vezes anos — de curva de aprendizado. Eles ajudam a entender onde a bateria faz sentido, onde ainda não fecha conta e como evitar erros que custam caro lá na frente.

O segundo ponto é abandonar a lógica puramente técnica e adotar uma visão aplicada. Decorar ficha técnica não prepara ninguém para vender bateria bem. O que prepara é entender como aquele sistema se comporta em um comércio que não pode parar, em uma residência que precisa de conforto ou em um cliente que busca previsibilidade energética.

É por isso que não existe solução padrão. Existe um problema bem diagnosticado.

Testar na prática faz parte do processo. Instalar, simular, acompanhar dados, observar comportamento de carga e entender limites do sistema traz um tipo de aprendizado que nenhum treinamento teórico substitui. Errar pequeno, em ambiente controlado, é infinitamente melhor do que errar grande na casa do cliente.

Aqui entra um cuidado essencial: simplificar demais é perigoso. Armazenamento mal dimensionado não é só ineficiente — é risco. Risco técnico, risco operacional e risco para a reputação do integrador e do setor como um todo.

Bateria chegou. E mudou o jogo.

Se antes o integrador vendia módulos e inversores, hoje ele vende continuidade energética. Vende conforto, segurança, previsibilidade e confiança. Esse é o novo valor percebido pelo cliente — e é aí que o integrador deixa de ser apenas fornecedor e passa a ser consultor.

Esse é o verdadeiro papel do Integrador 2.0:

  • menos produto, mais solução.
  • menos discurso técnico, mais clareza.
  • menos venda pontual, mais relacionamento de longo prazo.

A 77Sol atua exatamente nesse ponto: oferecendo escala, estrutura e confiança para que o integrador acompanhe a evolução do mercado sem perder eficiência, qualidade e segurança.

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